quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Taxa de concepção de touros!

Existem diversos fatores que afetam um programa reprodutivo. A prenhes é influenciada por uma variedade deles, e manejo e ambiente são os mais significativos, estão relacionados a fatores como conforto animal, nutrição, programas para vacas no período de transição e ao manejo aplicado.
Comparativamente, a genética entra com 4% na variação de fertilidade, destes a fertilidade da fêmea responde por 3% e a fertilidade do touro com 1%.
Ao se analisar os dados de uma fazenda em evolução, com grande número de animais, pode-se observar um perfil mais detalhado do desempenho de cada touro. Há diferenças entre touros, quanto à taxa de concepção, que em média chega a variar de 30% a 44%.
É importante notar que esses dados são de uma fazenda, onde o manejo e o ambiente são iguais para todas as inseminações. Portanto, a influência de manejo e ambiente é constante, e as diferenças relativas entre os touros são devidas à fertilidade de cada um, assumindo inseminações aleatórias entre vacas de alta e baixa fertilidade, o que é uma situação realista.
Taxa de Concepção dos Touros relata o desempenho dos touros em termos de fertilidade, e este índice irá substituir o atual modelo de avaliação ERCR (Taxa de Concepção Relativa Estimada). Os métodos desenvolvidos pelo Dr. Melvin Jun podem ser classificados em dois enfoques:
- Em primeiro lugar, se identificam os fatores relacionados com o touro que proporcionou o esperma.
- Em segundo lugar, se identificam os fatores relacionados com a vaca que recebe o esperma e que interfere na fertilidade do touro, (as variáveis de ambiente e manejo).

E como podemos usar este índice?
O SCR é mais uma informação que deve ser levado em conta, faz parte dos critérios de seleção de touros.
Ao se utilizar este índice, partimos do princípio que a média da taxa de concepção das propriedades seja 35%, e que a média para SCR também seja 35%.
Um touro com um SCR de +2, se espera que produza uma taxa de concepção de 37% em um rebanho que normalmente tem em média 35% de taxa de concepção.
O efeito previsto ao se utilizar 2 touros diferentes, um com SCR +5 e outro com SCR – 5, o impacto é de 5% de aumento na taxa de prenhes quando se compara os dois SCR, isso equivale a 5 prenhes a mais em cada 100 vacas aptas para cada ciclo de 21 dias.
Mesmo sendo importante, a alta fertilidade não deve ser o único critério de seleção a ser usado em um programa de melhoramento genético. Portanto, deve-se investir em genética para se obter a vaca do futuro. Deve-se combinar características de produção, tipo e saúde importantes com a fertilidade para formar um rebanho eficiente e rentável.

conteúdo inteiro disponível em: http://www.semeia.com.br/site/artigo.php?ID=106&IDC=3&PHPSESSID=73f444aea83552057a8d39941f9a4ef7

domingo, 27 de setembro de 2009

Melhoramento Genético em Bovinos de Leite


A utilização de Programas de Melhoramento Genético em Bovinos através da Inseminação Artificial, vem sendo usado cada vez mais pelos produtores de leite em função dos resultados esperados e pelo bom momento que o setor atravessa nos últimos tempos. Mas além de utilizar a técnica, o produtor tem que procurar informações para utiliza – lá corretamente e ter realmente um bom resultado, pois como em bovinos o intervalo entre gerações é grande comparado com outras espécies, um erro na escolha da genética a ser utilizada representa um grande atraso no melhoramento e principalmente um prejuízo muito grande a médio e longo prazo.

Porque médio e longo prazo? Pois o início de um programa hoje só demonstrará os resultados há aproximadamente três anos, se a condução deste programa estava errada teremos então seis anos de atraso, que são os animais que estão entrando em produção mais os três anos que foi dado continuidade no mesmo programa com produção de bezerras que estão sendo criadas.

A Coperio tem no setor de leite o PROGRAMA DE MELHORAMENTO GENÉTICO EM BOVINOS DE LEITE, que tem como principal objetivo o acerto na escolha da genética a ser utilizada nos rebanhos de seus associados, através do conhecimento de longa data do padrão geral dos rebanhos existentes na área de atuação da Coperio.Antes de determinado touro ser disponibilizado para os associados, é avaliado várias características de produção, longevidade, fertilidade, e preço de custo para avaliar o custo X benefício deste touro, sendo que o mesmo tem que atingir índices pré-estabelecidos para ser aprovado e entrar então na bateria de touros utilizados no programa.Algumas características que julgamos mais importantes a ser analisadas para que o produtor possa avaliar o sêmen que vem utilizando no seu rebanho:

1. Mérito Líquido Vitalício: é uma característica que tem 46% de peso para características de produção, 41% para características de longevidade, e 13% para características de conformação (animais para exposição). O valor desta prova está expressa em dólares e significa quantos dólares a filha de determinado touro deixa a mais para o produtor em relação a média, quanto mais alto melhor;

2. Vida Produtiva: característica relacionada com a longevidade, que quanto mais alto o valor, mais lactações as filhas deste touro ficam produzindo na propriedade, diluindo desta forma o custo de criação da novilha;

3. Características positivas para Gordura e Proteína;

4. ERCR: mede a fertilidade direta do sêmen, o valor, por exemplo, de + 4, significa que este touro tem o sêmen 4% mais fértil que a média que seria zero;

5. Taxa de Prenhez das Filhas: mede o quanto às filhas de determinado touro serão mais ou menos fértil em relação à média, procurar sempre um valor positivo;

6. Produção de leite em libras: significa o quanto a mais este touro melhora em libras de leite em suas filhas, com relação à média. Esta característica numa visão mais atual não é a característica principal a ser avaliada como há alguns anos atrás, pois está baseada na média americana que é bem mais alta que as médias da maioria de nossos rebanhos;

7. Características de bons úberes e boas pernas visando longevidade.


Fonte: Colaboração: Hercílio de Matos Neto – Méd. Veterinário COPERIO


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Considerações sobre cruzamento entre Holandês e Jersey!!

As raças de escolha para muitos sistemas de produção no Brasil são a Holandesa e a Jersey. Muitos técnicos têm considerado o cruzamento entre essas raças como alternativa para melhorar a lucratividade de algumas fazendas. Hoje em dia, devido a alta competitividade dessas duas raças, preocupações com a introdução de genes que causarão prejuízos provenientes de qualquer uma das raças são mínimas. A flutuação dos preços de insumos (variando a qualidade do que é oferecido para o gado) e as rigorosas condições climáticas durante alguns meses do ano (principalmente no verão) em muitas das regiões produtoras de leite no Brasil, requerem muito dos animais. Esses problemas acabam se refletindo na saúde e na fertilidade (entre outros) e o cruzamento entre raças é uma das alternativas para melhorar esses aspectos, porque para muitas características de relevante importância econômica, as diferenças entre raças são muito maiores do que as diferenças dentro de uma raça específica, além disso, possíveis benefícios podem ser gerados pela heterose.
O 'vigor híbrido' ou heterose, é o oposto da perda por consanguinidade e indica o quanto o animal se diferencia da média dos seus pais. Por sua vez, a consanguinidade vem aumentando ao redor de 2 a 3% por década na maioria das raças, o que torna o cruzamento entre raças cada vez mais atrativo.

Por:Daniel Caraviello Médico Veterinário, Doutorando Universidade de Wisconsin- Madson

terça-feira, 8 de setembro de 2009

O que é melhoramento??

O melhoramento animal tem por finalidade aperfeiçoar a produção dos animais que apresentam interesse para o homem.
Sabe-se que o fenótipo de um indivíduo nada mais é que o produto da interação genótipo e meio ambiente, e apesar de ter a fundamentação teórica desenvolvida há muitos anos, tem recentemente, recebido grandes contribuições que são, com a necessidade de melhoria genética imposta pelo mercado, as principais responsáveis tanto pela expansão quanto pelos progressos genéticos que têm sido observados nas mais diferentes espécies de animais domésticos explorados comercialmente. Contudo, a melhoria genética se processa com base na escolha correta daqueles que participam, ou melhor, daqueles aos quais é dada a possibilidade de participar, do processo de constituição da geração seguinte. Isso vale para a escolha dos indivíduos que produzirão filhos, ou mesmo, para escolha de raças, sendo assim chamado à escolha dos indivíduos, de processo de seleção, que é importante para melhoria de raças puras ou para cruzamentos; e a escolha de raças propriamente dita, que orienta e sinaliza o sucesso dos cruzamentos. Quando se usa cruzamento, ou seja, acasalamento entre animais de raças diferentes, é importante considerar-se a heterose, também denominada de choque de sangue ou vigor híbrido. A heterose nada mais é do que a resposta obtida ao se cruzar duas ou mais raças geneticamente diferentes, tentando-se aproveitar, ao máximo, o potencial genético dos animais envolvidos, buscando-se a maior produtividade possível. Obtêm-se maior índice de heterose, ou maior choque de sangue, quanto mais diferentes forem os genótipos, isto é, quanto mais distante for o parentesco entre os animais cruzados. O principal efeito da seleção é o aumento da herança desejável na população, ou seja, escolhendo-se sempre os animais mais produtivos, o rebanho, como um todo, será beneficiado com um ganho genético, ou seja, a seleção de modo geral, tem o objetivo de melhoria e/ou fixação de alguma característica de importância. Isso quer dizer que ela tem por finalidade, aumentar na população, a freqüência de alelos favoráveis. Todo programa de melhoramento genético deve visar à maior qualidade dos animais em termos de produtividade, como também, maior qualidade do produto oferecido. Os artifícios para um melhoramento consistente são a seleção e o cruzamento, aproveitando-se a maior heterose possível, as qualidades de rusticidade e precocidade.

Por: Fábbio Ygor